10.07.2009

Fanatic até que ponto?





O Avaí renovou com a fornecedora atual de material. De que falta material na praça ninguém pode reclamar. Da qualidade, também não. Resta então reclamar do preço, já que sempre existirá um motivo. São R$140,00 - assim quebras as perna, né ô?

A única dúvida, não sei se consistente, é sobre os patrocinadores. Inegável que a camisa desse ano é um outdoor ambulante - e que ninguém ouse reclamar, não podemos abrir mão deles. Não podemos?

Pro ano que vem é previsto um aumento de 80% no orçamento. Fica a dúvida: estão previstos nesses 80% o mesmo número de patrocínios?

O raciocínio, para quem está ansioso por uma camisa bonita, é bem direto. Quanto maior a receita e a exposição, mais o clube pode abrir mão de colocar patrocinadores nas camisas vendidas aos torcedores e ficar com eles somente para as camisas de jogo. Grandes clubes, como o Corinthians, fazem isso. A camisa vendida ao "povão" só tem o principal patrocinador, Batavo. Corrijam-me se houver mais algum, mas não estou lembrado. Aliás, o Figueira aliou a imagem da camisa à Taschibra de uma forma que eu invejo e desejo no Avaí em relação à Pauta, por exemplo.

Com menos patrocinadores é possível se fazer uma camisa mais agradável visualmente. Sendo mais atrativa ela deve vender mais. Pelo menos na minha cabeça, um pobre ignorante no assunto marketing, isso faz sentido. Pra ti não faz?

Talvez até seja interessante tornar a camisa mais atrativa aos torcedores mesmo o Avaí sendo um clube que passa poucas vezes na TV aberta, por exemplo. A participação nas vendas chega a 30% nessa parceria firmada com a Pieri (malharia responsável pela confecção do material Fanatic), então é fundamental que se pense no quanto o torcedor estará disposto a gastar uma pequena fortuna para os padrões brasileiros. Com 140 conto nós fazemos é uma baita peixada!

Vale a pena investir num padrão gráfico mais harmonioso - o que implica numa quantidade de patrocinadores menor - no manto sagrado. O presidente Zunino explica:

”O resultado financeiro que a parceria com a marca Fanatic tem proporcionado neste curto tempo nos anima e fortalece, tendo em vista que o resultado operacional obtido com royaltie já supera o que vínhamos recebendo relativo há um ano com a marca anterior.”

Claro, o objetivo é sempre somar e somar mais receita. Mas talvez valha a pena um estudo que avalie os benefícios de um patrocínio que faça diminuir o número de vendas do material esportivo, sendo que agora realmente vale a pena vender camisa.

Aliás, só pra ressaltar: vida longa aos 3 modelos tradicionais de camisa. Nada de amarelo, vermelho ou escambal. Tradição é tradição. É pra quem tem. O River do Estreito que inveje...

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