6.09.2010

Um novo Scarpelli



Muito se falou, durante o início do ano, sobre as novas parcerias, os novos investimentos, enfim, sobre as mudanças que veríamos em breve no Figueirense.

Apesar de todo o alarde, já estamos em junho e pouca coisa dessa reestruturação veio a público. Apesar da demora, eu quero acreditar que algumas das promessas ainda vão, sim, sair do papel.

Pois bem, uma das promessas dizia respeito ao Orlando Scarpelli (veja link aqui) e é, particularmente, a promessa que eu mais anseio. Falou-se não só num novo Scarpelli, mas em todo um complexo de prédios nos arredores, que incluiriam hotel, shopping center, ginásio esportivo, etc. Esse patrimônio garantiria, além de diversas outras vantagens, uma grande renda mensal para o Figueira. Só estes já seriam motivos suficientes para a nação alvinegra aguardar ansiosamente pelas obras.

Mas, apesar da importância dessas obras periféricas, o que mais me interessa e me preocupa é o palco principal, o estádio Orlando Scarpelli. Infelizmente sei que a minha opinião é insignificante e não vai fazer mudar nada nos projetos do alvinegro, mas vou escrever algumas coisas que eu acho que deveriam ser levadas em consideração no projeto do novo estádio:
  • O nome: não gosto do nome "Arena Florianópolis". O terreno sobre o qual está o estádio foi, até onde eu sei, doado pelo ex-presidente alvinegro Orlando Scarpelli. Seria muita sacanagem esquecer disso e trocar o nome do nosso caldeirão.
  • O caldeirão: pois é, não podem esquecer dessa alcunha na confecção do novo projeto. O Figueirense tem uma vantagem que deve ser bem aproveitada: a falta de espaço. É isso mesmo que tu leste, a falta de espaço pode ser uma vantagem. Digo isso porque os estádio mais legais, na minha opinião, são aqueles feitos em terrenos apertados, que precisam ter arquibancadas praticamente verticais e partindo quase de cima do gramado. Não vejo graça nenhuma em estádios olímpicos, como por exemplo, o Engenhão.
  • A capacidade: então vou aproveitar e tomar o Engenhão como exemplo. Estás vendo neste post três fotos de estádios que eu considero exemplos de caldeirão: La Bombonera, Arena da Baixada e Vila Belmiro. Agora olha o Engenhão, nessa foto ai de cima com 6 mil torcedores (não tenho certeza desse número). É isso que acontece com um estádio de grande capacidade, com arquibancadas distantes do gramado, e um monte de cadeiras vazias. Fica extremamente sem graça. Resumindo, é muito mais caldeirão o Ninho da Águia de Imbituba com 5 mil torcedores do que o Maracanã com 10 mil.
  • A cobertura: por mais apaixonado que seja um torcedor, ir ao estádio numa noite fria e chuvosa não é muito prazeroso. Tem sempre os malucos que vão mesmo com canivetes caindo, mas a grande maioria desiste e assiste no PFC, num lugar muito mais confortável. Acho que pra conseguir sócios e manter o caldeirão sempre cheio, é necessário que haja uma cobertura eficiente, que afaste para sempre o risco do torcedor acabar ensopado durante o jogo.
Resumindo o que quis dizer neste post: O novo estádio do Figueirense precisa ser Orlando Scarpelli, ter pouca capacidade (uns 30 mil já é mais que bom), ter as arquibancadas coladas no gramado, pra poder gritar nos ouvidos do bandeirinha, e ser todo coberto, pra não ter essa história de menos torcida em dia de chuva. Só assim teremos um caldeirão ainda mais quente que o de hoje! Claro que isso, na minha humilde opinião. Se não concordas comigo, comenta aí ixtepô!