Como ficaremos em 2011 após essa épica vitória da torcida sobre a soberba de quem até agora não reconheceu que errou?
O brilhante Sérgio da Costa Ramos escreveu, para o DC de hoje:
A torcida avaiana repetiu o destemor e a fé de Londres, “a cidade que se recusou a morrer” na Segunda Grande Guerra. De tão sublime, a luta avaiana merece aquele discurso de Winston Churchill, devidamente adaptado:
– Se o Avaí durar mil anos, os homens ainda dirão: aquela foi a sua melhor hora...
Salvamos o Avaí e o Avaí salvou-se do rebaixamento. São essas duas correntes de pensamentos antagonistas que começaram a predominar já minutos após o apito final da autêntica Batalha do Avaí, nas rádios, jornais, blogs e redes sociais.
A Diretoria foi sutilmente espancada pela reação honrada dessa maravilhosa torcida, que emanou a mais autêntica avaianidade. Lotou o estádio jogo após jogo e incendiou os ânimos antes, durante e após as batalhas, criando uma atmosfera mais do que propícia para que Nossa Senhora da Ressacada operasse o milagre da permanência. A torcida que, por alguns jogos, conseguiu passar por cima de toda humilhação de ter protestado um ano quase inteiro contra os preços absurdos praticados em nosso Templo somente para salvar o nosso bem maior: a honra de ser avaiano.
A Diretoria, após o apito final, negou-se a reconhecer publicamente que errou. Ela insiste em não comparar o retrospecto do Avaí dentro de casa jogando com uma torcida de clientes e depois, com uma torcida movida a pura paixão.
Nós, torcedores, continuaremos a dizer que salvamos o Avaí de ser rebaixado, graças a atitude dos dirigentes de abdicar um pouco dos lucros para que pudessemos fazer nossa parte. A Diretoria reconheceu a importância de um estádio pulsante e lotado para logo depois cair em contradição ao fingir não ver que afastar da Ressacada o torcedor não-cliente foi o maior erro de 2010. Não há a mínima sinalização de que a soberba e a burrice estão exorcizadas das poltronas da Ressacada...
Nenhum comentário:
Postar um comentário