11.25.2009

Nação orgulhosa



O Figueirense fez um campeonato medonho. Eu devo estar me esquecendo, mas somente nos jogos contra o Paraná e o Vasco, é que o time venceu e convenceu.

Tanto é que, depois desses dois jogos fora de casa, 13.000 alvinegros encheram o Scarpelli. Imaginem o que seria se o time estivesse empolgado, disputando a liderança desde as primeiras rodadas, como fez o Avaí em 2008?

Ao contrário do competente time azulejo, o Figueira esse ano ficou amarelando o tempo todo. Todas as vezes que precisava ganhar, acabava perdendo. A incompetência foi de dar nos nervos. A impressão que tenho é o quanto o futebol anda decadente. Isso porque mesmo com todo o show de incompetência nós quase subimos. Tais é doido ô! E não venham me dizer que aconteceu isso porque a série B estava fraca esse ano. Na série A acontece a mesma coisa! Vejam o Palmeiras, está perdendo a décadas e continua entre os líderes. Aliás, é horrível esse time do Palmeiras, assistir a um jogo deles é deprimente. Agora eu sou até obrigado a admitir que o melhor jogo que assisti esse ano foi o Avaí x Corinthians, que na verdade foi um jogo de um time só.

Bom, mas o que eu queria mesmo dizer quando comecei este post é o seguinte: como é orgulhosa a nação alvinegra. Isso porque, mesmo após a vergonheira toda que foi este ano, os mantos alvinegros continuam pululando as nossas ruas. Isso me foi bastante evidente na segunda-feira, quando andei bastante por Palhoça, São José e Florianópolis. O número de sujeitos trajados com o nosso manto sagrado era muito maior do que os rivais. Mas o que me surpreendeu mesmo foi quando passei lá pela Costeira, na segunda a noite. Pô, a Costeira é terra de azulejo, assim como o Estreito é terra de alvinegro, certo? Pois é, apesar disso, vi três camisas do Figueirense, e apenas uma do Avaí, desfilando pelo bairro. No geral, acredito que a proporção tenha sido de pelo menos 5/1 para o Figueira, ou seja, na Costeira perdemos um pouco a vantagem. Eu deveria ter anotado em um caderninho, pra poder afirmar isso "cientificamente".

No final do ano passado, na iminência do acesso azulejo, eu comecei a ver (foi até bom, porque já estava com saudades, o problema é que me deu uma rinite...) um ou outro cidadão andando de pijama pelas calçadas. Depois que subiram, foi uma explosão azuleja. O pijama começou a vender igual pãozinho quente. O ritmo de vendas continua este ano, reflexo da boa campanha no brasileirão. A avaianada anda feliz da vida, cheia de orgulho do seu time manezinho, que anda fazendo bonito pro Brasil todo ver. Parabéns aos avaianos, têm todos os motivos pra se comportarem assim.

Mas o que me deixa emocionado é ver que, apesar da vergonheira deste ano, os alvinegros não estão envergonhados. Não estamos nos escondendo, não estamos abaixando a cabeça e mudando de assunto, quando perguntam "pra que time tu torces"? Após a classificação para a série B de 2010, conseguida após uma derrota humilhante pro time reserva do Duque de Caxias dentro do Scarpelli lotado, a nação alvinegra continua exibindo orgulhosa o manto que representa a nossa paixão. Uma paixão sincera, que não liga pra ocasião, pois é incondicional.

10 comentários:

Rafael VE disse...

também... tu liga a tv e parece que o time tá no paraíso... legal ser orgulhoso asism =P

Thiago Linhares Bilck disse...

Eu não me canso de torcer!
Eu não me canso de cantar!
Meu amor pelo Figueira, nunca vai se acabar! Nunca!
Oh Figueira meu amor, eu te amo com fervor!!!

Hugo Castro disse...

engraçado que nas ruas da capital onde percorro diariamente no meu serviço indo fazer vistorias e visitas nos aptos, só vejo avaiano.. só camisa azul, um ou outra preto e branco.

No meu bairro mesmo, Ingleses há tempos que não vejo um torcedor alvinegro...


;)

Raphael Faria disse...

Lucas, tô achando que tu tá é querendo virar avaiano. Pra fazer uma graça pra patroa? Sei não hein.
Abraços.

Lucas Eleutério da Silveira disse...

Hahahahaha!

Deus me livre disso Raphael!

Posso fazer graça de qualquer outro jeito, menos virando azulejo.

Táis tolo táis?

Unknown disse...

Ô meu jovem, se até o Ceará que estava 16 anos na fila tentando subir e nunca conseguiu, acabou subindo desta vez de tão fraco que estava o nível da Série B, vais querer dizer que estava difícil? Nunca uma série B teve tanto sacos de pancadas.
Ah, pra subir precisa de uma coisa essencial que falta no mundo tricolor (jogadores, dirigente e principalmente torcida): HUMILDADE.
Ah, te indico a Clínica de Olhos Valsechi, deves estar com algum problema de visão já que camisas tricolores não são vistas em Florianópolis desde domingo.
Saudações Azurras,
Sandro

Lucas Eleutério da Silveira disse...

Aaaa não não, não posso acreditar!

"se até o Ceará que estava 16 anos na fila tentando subir e nunca conseguiu, acabou subindo desta vez de tão fraco que estava o nível da Série B", imagina então o nível que estava a série B do ano passado, em que até o Avaí, que estava há mais de 30 anos na fila, conseguiu.

Já que é pra usar esse argumento, acho que é até pior pra vocês né?

Quanto às camisas alvinegras, só a RBS mesmo pra dizer que não há mais nenhuma pelas ruas. Como sempre, avacalhando com os nossos times. Não acredita na RBS não. Podes comprovar pessoalmente que isso não é verdade, é só ir até a esquina mais próxima e olhar para os lados.

Rafael VE disse...

Opa, acabei de ir e vir da UFSC... nenhuma camisa.

Lucas Eleutério da Silveira disse...

Ô Rafael, acabei de passar aqui na frente do ponto do ônibus em que desceste, e tinha um alvinegro de pé esperando o latão.

Acho que vocês devem ter desenvolvido algum tipo de "/ignore", com relação aos alvinegros. Não é possível!

Hugo Castro disse...

hhahahahahaa

só corrigindo ali Lucas no teu comentário em cima do Sandro...

o avaí ficou 10 anos pra subir da B pra A... heheh(1998 - 2008)

;)

e o ceará é fraco, nesses 16 anos disputando a série B seguidamente não me lembro das vezes que o ceará figurou entre os primeiros.

:s

se essa série B de 2009 com o time de vcs perdendo uns 6, 7 jogos em casa disputando G4 não foi fraca... meu deus ein... na boa humildade é uma coisa que lhes carecem.